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“Golpe”: Isabella Flint enfrenta a dor da traição em novo single de rock intenso

Mumbai


Isabella Flint segue firme em sua caminhada para se consolidar como uma das grandes vozes da nova cena do rock feminino. Conhecida por suas letras intensas e interpretações cheias de emoção, a artista tem explorado nas últimas composições o delicado equilíbrio entre dor e libertação. Agora, ela apresenta “Golpe”, seu novo single, que chega às plataformas de streaming nesta sexta-feira (26). A faixa é parte do projeto “Dores”, narrativa musical que Isabella vem desenhando a partir de experiências pessoais e coletivas.

“Golpe” nasceu da vivência de um dos episódios mais difíceis de lidar: a traição. Inspirada em sua própria história e também em situações vividas por amigas, Isabella transformou essa dor em uma canção catártica. “Escrevi como um desabafo da situação que sofremos nas mãos de alguém que saiu ileso dos seus golpes. Foi a partir dela que defini o tema central do meu próximo EP”, afirma a artista.

Na canção, a cantora fala sobre o que chama de “alpinista social”: pessoas que utilizam e manipulam outras para alcançar seus objetivos, ultrapassando limites sem nunca arcar com as consequências. O processo de composição veio, segundo ela, como uma forma de imaginar justiça, expondo esse tipo de comportamento. “Consegui escrever a letra como se fosse uma justiça simbólica, que traz o alívio de ver esse tipo de pessoa sendo desmascarada”, explica.

O conceito também aparece na estética visual do lançamento. Na capa do single, Isabella surge caracterizada como uma lutadora prestes a enfrentar seu adversário. A imagem reforça o tom de combate e enfrentamento da música. “O Golpe é literalmente representado na foto como uma preparação para enfrentar o imoral, o indecente. Aquele que ainda encontrará alguém pior do que ele”, acrescenta.

Capa do Single "Golpe"


Musicalmente, “Golpe” aposta em um rock enérgico, visceral e agressivo, carregado de bateria intensa, guitarras pulsantes e vocais cheios de imperatividade. As referências sonoras dialogam com nomes como Paramore e Green Day, bandas que também exploram a mistura entre vulnerabilidade e explosão emocional. “Desde o início, quis trazer a sensação de uma possível vingança na sonoridade. É um grito por justiça, uma catarse traduzida em música”, detalha Isabella.

Apesar do caráter confessional, a cantora reforça que sua intenção é ir além da própria experiência, oferecendo ao público um espaço de identificação e libertação. “Não é terapia, mas é um processo terapêutico. Quero que cada pessoa sinta essas dores retratadas e que as músicas ajudem a transformar feridas em pontos de virada, em forças para seguir em frente”, conclui.


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