Akimoto e Vinedu soltaram Nova Jornada, e a sensação é bem essa: pegar a chave do carro, desaparecer por algumas horas e deixar o mundo se resolver sozinho. A faixa nasce com uma batida pop inquieta, cheia de pequenos glitchs, daqueles efeitos que entram e saem rápido, criando uma camada meio futurista, meio despreocupada. É música que vibra logo no começo, quase como se dissesse “vai, só vai”.

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O clima lembra fim de tarde na estrada — amigos rindo, vento quente entrando pela janela, nenhum compromisso com a próxima hora. Não é uma música que pede atenção; ela simplesmente te arrasta para um lugar mais leve, onde tudo parece mais simples. E funciona bem assim, de maneira direta, com frases que grudam e uma produção que abraça esse espírito sem tentar polir demais.

Por trás da faixa, está a longa história de Marcio Akimoto, que carrega mais de duas décadas mexendo com som, palco, estúdio, cabos e ideias. Ele começou cedo, aos 16, e nunca mais saiu desse universo. Produtor, engenheiro de som, DJ — um pouco de tudo e mais um pouco. O que sempre chamou atenção no trabalho dele é essa mistura entre técnica afiada e uma intuição muito própria, quase artesanal, que aparece na maneira como encaixa texturas e constrói identidade sonora.

Sua assinatura — essa forma de unir o tradicional com o novo sem transformar nada em fórmula — aparece em Nova Jornada de um jeito claro. A música não tenta ser mais do que é, e talvez por isso funcione tão bem: tem energia, tem movimento, tem aquele impulso de mudança que todo mundo sente de vez em quando.

No fim, o single acaba servindo como convite e também como ponto de partida. Uma trilha curta, mas certeira, para quem quer respiro, para quem precisa de uma pausa ou simplesmente para quem gosta de músicas que carregam a leveza de não complicar nada. Nova Jornada faz exatamente isso — e faz com charme.