O Capim Cósmico, projeto criado pelo músico e compositor Mateus Cursino, apresenta nesta sexta-feira (14) o novo single “Que Pó Não Vicia?”, lançado pelo selo Marã Música. A faixa chega abrindo caminho para o próximo disco do artista e reafirma sua veia autoral, mesclando intensidade emocional e uma sonoridade crua, marcada por guitarras distorcidas e uma pegada que remete ao indie e ao alternativo dos anos 90.

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Com passagens por palcos como o Sesc Belenzinho (SP) e festivais como o Hacktown, Cursino já mostrava seu talento com a banda Pedro Bala e Os Holofotes. Agora, no Capim Cósmico, ele mergulha em uma fase mais introspectiva e livre, onde cada canção é uma extensão direta de suas experiências e inquietações.

A inspiração para “Que Pó Não Vicia?” nasceu de um momento delicado: o diagnóstico de diabetes. “A ideia da letra surgiu quando descobri que tenho diabetes. E o açúcar não deixa de ser uma droga, né? Algo viciante que pode causar danos irreparáveis”, revela o artista. Apesar de partir de uma vivência pessoal, o título e a mensagem da faixa ganham novas dimensões, permitindo múltiplas interpretações. “A letra tem uma ambiguidade que eu gosto muito. Cada um pode entender do seu jeito, e isso é o mais interessante na música.”

Gravada de forma totalmente independente, a faixa traz Cursino em todas as frentes — bateria, baixo, guitarra e voz — em um processo que mistura urgência criativa e experimentação. “A música começou com um riff de baixo inspirado em Love Buzz, do Nirvana. A partir dali, fui gravando os outros instrumentos e tudo foi tomando forma naturalmente”, conta.

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O resultado é um som direto e visceral, com energia que remete a Nirvana, Pavement e Dinosaur Jr, mas sem abrir mão da identidade própria do Capim Cósmico. “É um rock alternativo potente, com aquela sujeira boa dos anos 90, mas com um toque pessoal. Fala de uma descoberta que me mudou, mas que também conversa com quem já passou por qualquer vício, perda ou transformação.”

Entusiasmado com o lançamento, Mateus celebra o momento como um novo ciclo em sua trajetória. “A expectativa está alta. É a primeira faixa do novo disco e a segunda que lanço com o selo Marã. Esse som representa bem o que vem por aí — mais honesto, cru e direto.”

Com “Que Pó Não Vicia?”, o Capim Cósmico reafirma a força do rock alternativo brasileiro, trazendo à tona a capacidade da arte de transformar dor em criação e o pessoal em universal.