O músico carioca K.Ø. vem traçando um caminho curioso — entre o caos do trap, a calmaria da MPB e uma poesia que parece falar direto de um quarto silencioso. Em seu novo single, Meu Nome é Ninguém, ele transforma dúvidas em versos e fragilidade em força.

A canção soa como um desabafo, mas também como um manifesto sobre quem se recusa a desaparecer. Há uma sensação de urgência em cada palavra, um desejo de existir mesmo quando tudo parece empurrar pro lado oposto. As batidas são contidas, quase tímidas, deixando o espaço aberto para o peso da voz e o eco das pausas.

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K.Ø. parte de uma ideia simples: a busca por identidade num tempo em que ser invisível virou quase regra. Ele cita influências que vão de Drummond a Emicida, de Chico Buarque a Joji, mas o resultado é algo muito próprio — uma mistura de rua e introspecção, de fala e silêncio.

“Meu Nome é Ninguém” chega como um dos primeiros passos rumo ao disco “Entre o Céu & o Tiro”, previsto para 2026. O nome já indica o tom do projeto: entre o sonho e o impacto, entre a doçura e a sobrevivência.

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Mais do que um single, o lançamento parece um recado. K.Ø. mostra que ainda há espaço para a vulnerabilidade na música contemporânea — e que, às vezes, é justamente aí que mora a força.