Rosalía lança LUX — um mergulho entre o sagrado e o pop contemporâneo
Rosalía lança LUX, um disco que mistura espiritualidade, orquestra e experimentação pop, marcando uma virada ousada na carreira da artista espanhola.
Rosalía está de volta — e mais imprevisível do que nunca. LUX, seu quarto álbum de estúdio, chegou às plataformas ontem (7) e já vem sendo descrito como a fase mais ambiciosa da artista espanhola. Depois de expandir o pop global com Motomami, ela agora mergulha em um universo de símbolos, coros e cordas sinfônicas, em uma espécie de liturgia pop feita à sua maneira.
A estética de LUX é uma clara ruptura. A capa, que mostra Rosalía envolta em tecidos brancos e cercada por luz dourada, parece anunciar o conceito espiritual que permeia todo o projeto. Mas engana-se quem espera algo contemplativo: o disco é intenso, quase cinematográfico, alternando momentos de devoção e provocação com a mesma naturalidade que ela mistura o flamenco, o eletrônico e o experimental.
Gravado entre Londres, Reykjavík e Barcelona, o álbum conta com arranjos da London Symphony Orchestra sob regência de Daníel Bjarnason — o que dá ao disco uma dimensão quase sacra. Nas participações, nomes como Björk e Yves Tumor reforçam a atmosfera enigmática que guia a narrativa.
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O resultado é um trabalho que soa maior que o próprio gênero pop. Em Berghain, faixa single, Rosalía canta em espanhol, inglês e alemão, evocando o clim noturno e industrial de Berlim. Em Reliquia, a voz aparece mais frágil e íntima, enquanto um coral feminino responde em tom quase religioso. E em Magnolias, faixa final, ela encerra o ciclo com uma melodia suave — uma despedida luminosa.
LUX não é um disco feito para agradar, mas para provocar. É denso, simbólico e profundamente pessoal, como se Rosalía transformasse fé, fama e vulnerabilidade em arte. Um álbum que reafirma o que ela sempre foi: uma artista que desafia o óbvio e transforma cada era em uma nova linguagem.
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Com LUX, Rosalía não apenas entrega um novo trabalho — ela redefine o que significa ser uma estrela pop em 2025. Entre o sagrado e o profano, entre o experimental e o emocional, o álbum consolida sua posição como uma das vozes mais inventivas e inquietas da música contemporânea.
