Thiago Oceano abre a porta do novo ciclo com um folk narrativo que chega meio cambaleando — e muito vivo
No primeiro lançamento com o novo nome, Thiago Oceano apresenta “Escorre essas verdades no portão”, um folk narrativo que marca a virada de fase .
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| Thiago Oceano / Divulgação |
Thiago Oceano — agora oficialmente desconectado do antigo nome, It’s The Ocean — chega com aquela energia de recomeço que não tenta fazer barulho demais, mas acaba fazendo mesmo assim. “Escorre essas verdades no portão” é o primeiro single dessa era nova, lançado em 05 de novembro de 2025 pela Dona Dete Records, e vem como um folk meio torto, meio confessional, quase como se a história tivesse escapado antes do artista ter tempo de aparar as bordas.
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A faixa nasce de um storytelling simples, mas cheio de tropeços humanos: a jornada de tentar chegar a um show enquanto a vida insiste em criar atalhos que ninguém pediu — contratempos cruéis, daqueles que só parecem engraçados depois que passam. Thiago até flertou com a MPB durante o processo, ficou ali num impasse, até lembrar de como Johnny Cash contava histórias sem pressa, sem máscara… e pronto, o caminho do folk se abriu.
E tem outra camada: o nome em português. Thiago Oceano se volta mais diretamente ao público daqui, sem perder o fio com tudo que construiu antes, seja na banda Ciel Blue, seja nos primeiros passos como It’s The Ocean. É o mesmo artista, só que com o mapa emocional reorganizado. Ele carrega para essa estreia um conjunto de vivências que passam por produção, multi-instrumentos, educação popular, história e aquela militância quase invisível do underground que pulsa dentro da Dona Dete Records.
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No fundo, o single parece funcionar como um gesto de sinceridade — desses que não pedem licença. Thiago comenta que tenta ser real até o limite: feliz, aos prantos, no meio do caminho… tudo acaba aparecendo no som. A música, diz ele, nasce do que move a alma, não do mercado. E se eventualmente esses caminhos se cruzam, é só coincidência da vida, nunca cálculo.
“Escorre essas verdades no portão” inaugura uma fase que ainda deve mudar muito — o artista deixa isso claro. O folk abre a porta, mas outras sonoridades certamente entram depois. E, pelo jeito, não há pressa. O importante é seguir em movimento, do jeito que vier, contanto que faça sentido para quem escuta.
