“Sirât”, produzido por Pedro Almodóvar, entra no Globo de Ouro 2026 disputando Melhor Filme em Língua Não Inglesa e Melhor Trilha Sonora.
Divulgação

A manhã começou daquele jeito acelerado, com lista nova do Globo de Ouro aparecendo e já mudando o jogo. E ali, firme entre os nomes mais comentados, surgeSirât, que chega para disputar Melhor Filme em Língua Não Inglesa e Melhor Trilha Sonora. Duas categorias que, convenhamos, dizem muito sobre o momento do filme na temporada. Os vencedores saem em 11 de janeiro e, até lá, tudo vira especulação, aposta, expectativa.


A produção, assinada por Pedro Almodóvar, não para de acumular menções. Além do Globo de Ouro, “Sirât” também corre no Critics Choice Awards — competindo como Melhor Filme Internacional e Melhor Som (com o trabalho de Laia Casanovas). No Brasil, a distribuição fica por conta da Retrato Filmes e, representando a Espanha, o longa tenta garantir uma vaga no Oscar 2026.

O que mais chama atenção, desde a estreia, é essa força quase física do som. O filme foi descrito como uma experiência sensorial, quase hipnótica, algo que segura o público por detalhes que nem sempre aparecem à primeira vista. No último fim de semana, levou o prêmio de Melhor Trilha Sonora da Los Angeles Film Critics Association. E já tem um currículo pesado: Melhor Filme Internacional nos festivais de Chicago, Denver e Montclair; Prêmio do Júri em Cannes, onde tudo começou.



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E não para por aí. O New York Times chamou “Sirât” de “o filme mais aterrorizante do ano”, aquela frase que repercute rápido. Já o Indiewire colocou o longa como o 4º melhor filme de 2025. Aqui no Brasil, abriu a 49ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e passou pelo festival Janela de Cinema. Kleber Mendonça Filho, inclusive, destacou a produção como uma das grandes do ano — ressaltando justamente o som, tratado pelo diretor como uma espécie de “usina de energia”.

A história acompanha a jornada desesperada de Luis, um pai em busca da filha desaparecida durante uma rave no sul do Marrocos. Ele segue pelo deserto com o filho caçula, encontrando sobreviventes, rastros, histórias incompletas, tudo embalado por um cenário de guerra que vai espremendo os personagens e o espectador junto. Uma narrativa seca, mas intensa, que parece crescer a cada nova exibição. 

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A estreia nos cinemas brasileiros está marcada para 26 de fevereiro, e, com o filme avançando firme nas premiações, esse caminho até chegar às telas por aqui ganha ainda mais peso.