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Review | Entre a Terra e o Sol, novo álbum de A Outra Banda da Lua

Mumbai
Entre a Terra e o Sol

℗ 2025 Alá Comunicação e Cultura

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8.7/10

Entre a Terra e o Sol

A Outra Banda Da Lua

Lançamento: 2025
Gênero: MPB / Pop Alternativo

Para quem gosta de:
Lamparina Lamparina
Tuyo Tuyo
jaloo jaloo

 Entre a Terra e o Sol é tipo aquele disco que mostra de vez o quanto A Outra Banda da Lua cresceu. Sabe aquele equilíbrio raro entre segurar a tradição e meter o pé na experimentação? Eles fazem isso sem perder aquele jeitão próprio que já ganhou uma galera. As músicas? Fáceis de ouvir, mas se você prestar atenção, tem umas camadas ali—letras que viajam, escolhas de instrumentos que não são óbvias—que deixam tudo mais rico a cada faixa.

A banda mistura influências do sertanejo e da música mineira com toques de psicodelia, eletrônica e pop, criando um som que é ao mesmo tempo familiar e surpreendente. O disco transita entre momentos mais alegres e dançantes, com grooves que lembram Tim Maia e Gilberto Gil, e passagens mais calmas e introspectivas, que remetem a Radiohead, Metá Metá e Luedji Luna

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O álbum vai de vibe animadona, daquelas de levantar da cadeira, até uns momentos mais fechados, quase introspectivos, que te fazem rir, pensar, às vezes até dar aquela engasgada no peito tudo em uma sentada só. As participações, tipo em “Moreno”, jogam uma pimentinha, trazem novidade, dão um gás no repertório. Já faixas como “Bougainville Azul” e “Kolofé” mostram que a banda não tá nem aí pra zona de conforto—eles mergulham mesmo quando o clima pesa.

O álbum termina com Tudo Se Renova, faixa que traz esperança e reforça o espírito experimental transportando o ouvinte para o universo da banda.

No fim das contas, “Entre a Terra e o Sol” prende, faz sentido como conjunto e, olha, tem coragem. É disco cheio de detalhe, que valoriza a história que quer contar. Vale muito tanto pra quem já segue a banda quanto pra quem acabou de tropeçar nela. Não é qualquer lançamento não: marca presença na cena indie BR e crava a banda como uma das mais criativas dessa geração.

Ahmedabad