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ZoyaPatel

D’Água Negra lança “Sinal Vermelho Vidro Preto”, álbum de estreia que atravessa desejo, perda e reencontro

Mumbai

Foto: @phdemi / Divulgação
 

A banda D’Água Negra, formada em Manaus, apresenta seu álbum de estreiaSinal Vermelho Vidro Preto, lançado pelo selo Dobra Discos. O trio, composto por Clariana Arruda, Bruno Belchior e Melka, propõe um mergulho sonoro que flui entre o indie-jazz, a MPB, o soul e a música eletrônica, construindo um universo particular onde poesia, ritmo e experimentação se encontram.

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Com dez faixas que exploram atmosferas diversas — ora contemplativas, ora intensas — o disco convida o ouvinte a atravessar sentimentos de mudança, desejo e melancolia, como quem se deixa levar pela correnteza. “Sinal Vermelho Vidro Preto” é, acima de tudo, um álbum sobre a transitoriedade: entre cidades e afetos, pausas e recomeços, o real e o simbólico.

A sonoridade é guiada por sintetizadores sutis, percussões orgânicas e harmonias que evocam o jazz e o R&B contemporâneo. Tudo isso dialoga com uma escrita sensível e reflexiva, onde cada canção parece capturar um instante — um lampejo de dor, uma lembrança que se transforma, um corpo que dança apesar da saudade.

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Segundo o trio, ser artista amazônida é viver sob “os efeitos de borda: entre o mítico e o real, o local e o global, as ruas e as águas”. Essa dualidade pulsa nas composições, que equilibram o concreto e o etéreo, a raiz e o fluxo digital, reafirmando a identidade poética e sonora da região Norte dentro da nova cena brasileira.

“Desejamos que, ao ouvir o álbum, as pessoas encontrem brechas de suas inquietações através do reflexo do nosso vidro preto”, comenta a banda.

Antes do álbum, o D’Água Negra já vinha preparando o terreno com os singles Corpo Quente” (2023) e Escárnio” (2024), que anteciparam a atmosfera intensa do projeto. Ambos mostravam a habilidade do grupo em equilibrar experimentação e acessibilidade, explorando o groove e o lirismo como pontes entre o som urbano e as influências amazônicas.

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O trio também carrega no histórico o EP “Erógena” (2021), que marcou o início de sua trajetória e já apontava para essa mistura de corpos, territórios e afetos que agora ganha amplitude no novo trabalho.

Foto: @phdemi / Divulgação

O disco se abre com A Falta, que já revela a ausência e o desejo persistente. “Escárnio” traz sarcasmo e intensidade. Not In Luv fala de amizade, amor e aproximação. O interlúdio “Sinal Vermelho Vidro Preto” conecta passado e presente, reflexo e ancestralidade.

A primeira metade do álbum é marcada por culpa, desejo e intensidade. Vinho Tinto mistura ironia e reflexão. Garganta transforma a poesia em campo de batalha. Rua Sem Saída é delírio urbano, liberdade na vertigem. “Corpo Quente” é combustão e movimento, dança e transformação.

Em Underwater Love, o trio revisita Nina Miranda, equilibrando afogamento e salvação. O álbum termina com Cangote, leve e acolhedor, onde o amor se torna pertencimento. Segundo a banda, é “o suspiro de quem só quer aconchego pós-tormenta”.

Capa do álbum "Sinal Vermelho Vidro Preto" / Divulgação

“Sinal Vermelho Vidro Preto” é um disco de contrastes. Entre desejo e medo, silêncio e movimento, introspecção e dança. É a afirmação da identidade amazônica, a poesia do Norte traduzida em música, um trabalho que conecta experiências locais a universos universais. O D’Água Negra se estabelece assim como uma das vozes mais inventivas da cena independente brasileira.

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