Scalene vira a chave do ano e solta “Peguei Ar”, um single que abre caminho para a próxima fase da banda
Scalene encerra 2025 com o single “Peguei Ar”, um lançamento intenso que mistura recomeço, memória e força criativa — e que chega acompanhado de clipe
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| Foto: Yvã Santos / Divulgação |
A banda Scalene resolveu fechar 2025 com um daqueles lançamentos que parecem vir carregando um sopro de virada. “Peguei Ar”, single e clipe que chegaram nesta quinta (27), funciona quase como um anúncio: o trio brasiliense — Lucas Furtado, Gustavo Bertoni e Tomás Bertoni — está abrindo espaço para uma nova fase, depois de um ano que já vinha cheio de movimento. Teve o revival da turnê de dez anos de “Éter”, o lançamento de “Quimera”, uma agenda mais quente do que o esperado… e agora essa música inédita, produzida pela própria banda, empurrando o papo adiante.
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O clima do single nasce dessa sensação de recomeço. Um peso bom, meio áspero, mas bonito. A banda fala sobre jornadas longas, sobre carregar o próprio nome com integridade, sobre seguir insistindo mesmo quando o cansaço bate. E isso tudo aparece no som: camadas que puxam pro post-rock, uma intensidade que lembra post-hardcore, referências que moldam a identidade do Scalene desde o comecinho. Gustavo resume bem — um “brado de continuidade”, como ele mesmo disse.
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O videoclipe segue essa mesma respiração mais crua. Gravado em 35mm e dirigido por João Ballestiero, ele pega bem essa estética meio tátil, meio nostálgica, quase como se a imagem também estivesse procurando um recomeço junto com a música.
E tem mais nessa história. “Peguei Ar” também faz parte das ativações do Clube Scalene, o novo espaço online criado pela banda pra aproximar os fãs — coisa que, pelo visto, funcionou. O clube saiu do papel no início de novembro e, em menos de uma semana, passou de mil inscritos. Gente entrando, conversando, votando, pedindo mais. Uma resposta rápida e que, segundo o manager Igor Rodrigues, confirmou um sentimento antigo: o público quer relações mais diretas. Longe de algoritmos, perto de quem faz a música.
O login no clube é gratuito. E, pros inscritos, “Peguei Ar” chega antes do lançamento oficial, em alta qualidade e com versões instrumentais e acapella — um pacote que fica disponível permanentemente. A ideia, como explica Tomás Bertoni, é fugir dos engessamentos do mundo online, das exigências das plataformas, daquele jogo insustentável que todo artista moderno conhece bem. Trocar direto com quem escuta. No ritmo da banda, nos termos da banda.
“Peguei Ar” também já tem lugar garantido no repertório dos próximos shows da turnê de “Éter” e no Lollapalooza Brasil 2026. Parece que a virada de ciclo já começou mesmo — e, pelo jeito, Scalene quer que todo mundo sinta esse ar entrando também.
