“Wolf Child” abre caminho para um pop espiritualizado e um jazz meio lunar no novo capítulo de Sis and the Lower Wisdom
O novo single “Wolf Child” apresenta a fase mais íntima e luminosa de Sis and the Lower Wisdom, mesclando pop etéreo e jazz espiritual em antecipação.
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| Sis and the Lower Wisdom / Divulgação |
“Wolf Child” chega como aquele sopro inesperado — meio selvagem, meio sereno — que faz a gente parar o que está fazendo e simplesmente encostar a cabeça para ouvir. O novo single de Sis and the Lower Wisdom, parte do álbum Saints and Aliens, carrega esse clima de coisa pequena que abre um portal maior, um espaço onde o pop alternativo se mistura com uma névoa espiritual, quase jazz, quase meditação urbana.
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A faixa, segunda revelada do disco, parece costurar referências sem pressa: uma sensibilidade à la Dido aqui, um toque íntimo que lembra Rhye ali, e aquele tipo de lirismo mais solto, mais de peito aberto, que sempre faz alguém citar Joni Mitchell. Mas nada soa calculado. Soa mais como se Jenny Gillespie Mason estivesse só… deixando cair. Deixando a música encontrar a forma — e o coletivo Lower Wisdom, nascido justamente dessas colaborações em Los Angeles, empurra tudo para esse lado mais vivo, mais cheio de pequenas faíscas.
A proposta toda vem desse conceito gnóstico de “sabedoria que desce”, como se algo mais alto resolvesse tropeçar na matéria só para saber como é existir aqui. O nome do grupo, Lower Wisdom, carrega isso. E o álbum também — dois anos de experimentações, gravações, lapidações, com o produtor e baixista Dougie Stu entrando como aquela força que organiza sem prender.
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Enquanto “Wolf Child” e “Crocus Man” abrem a porta entre o íntimo e o mágico — esses “santos e alienígenas” que vivem entre os nossos — o disco depois se espalha em faixas mais amplas, meio contemplativas, tipo “Yoga of the Soul’s . E aí não dá para dizer se é pop, jazz, folk cósmico ou só uma música que respira sem pedir permissão.
Saints and Aliens sai em 9 de janeiro de 2026, via Native Cat Recordings. Até lá, “Wolf Child” funciona como esse pequeno farol — tremido, bonito, meio estranho — apontando para um álbum que parece querer existir justamente nesse lugar entre o descompasso e o brilho.
