Ouça | Ana Spalter "Coisas vêm e vão", a música fica
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Divulgação / Ana Spalter por Giuliana Orlando |
No primeiro álbum de estúdio da carreira, a cantora e compositora Ana Spalter nos convida a experimentar um espetáculo sonoro de emoções, cores e lembranças, com liberdade para entrar e sair, sentir e esquecer. Mas é impossível não carregar um pouco desse vermelho intenso no fim dessa viagem.
Na era das transformações hipervelozes e memórias etéreas, Ana Spalter apresenta ao público o disco “Coisas Vêm e Vão” com uma voz que transita entre o lirismo inquieto e uma musicalidade sofisticada, abraçando o jazz e a MPB como territórios de autodescoberta.
Paola Kirst
Anavitória
Céu
Na era das transformações hipervelozes e memórias etéreas, Ana Spalter apresenta ao público o disco “Coisas Vêm e Vão” com uma voz que transita entre o lirismo inquieto e uma musicalidade sofisticada, abraçando o jazz e a MPB como territórios de autodescoberta.
Coisas Vêm e Vão
Ana Spalter
Para quem gosta de:



A música que dá título ao disco é uma apresentação íntima e profunda:
Tanto andei pra chegar aqui
e eu tenho fé
que é pra ser assim
e eu canto mais
do que tenho em mim
e em algum lugar
alguém há de ouvir cantar…
Pouco eu sei
sobre a vida em si
coisas vêm e vão
flores no jardim…
A estética visual do álbum reforça essa travessia: a imagem da artista, evoca gestos teatrais, em diálogo com figuras borradas e instantes de movimento, traduzindo a atmosfera onírica que permeia suas canções. O cenário remete ao espaço do possível, ao palco onde artistas se equilibram entre o encanto e o desencanto dos dias.
Coisas vêm e vão, mas esse disco vai ficar.” É assim que a cantora resume a gestação do projeto, fruto de um longo processo coletivo, de sonhos compartilhados e uma admiração declarada pela potência do grupo envolvido. Se a vida é feita de fluxos, o álbum é registro fiel deste movimento: uma busca da infância perdida, o calor do tempo nas relações e o fôlego afobado de quem se reconhece inquieta na própria pele.
Em faixas como “Café”, Ana narra com delicadeza de gestos mínimos a poesia dos dias comuns, enquanto “Bobagem” ou “Privilégio Meu” exploram a ambivalência de emoções profundas e a felicidade quase carnavalesca de quebrar regras. Os arranjos trazem elementos do funk, samba, rock e pop, resultando num disco multifacetado.
O trabalho, com várias participações, cultiva nostalgia sem se perder no passado: o verbo é afetivo, a música é atravessamento sensível e o espetáculo da vida nunca perde o mistério.